Vales de Excelência
Em anteriores artigos publicados neste espaço tenho frisado a importância de o desenvolvimento das regiões dispor de uma linha de orientação estratégica que tenha sido previamente discutida e validada por todos os parceiros institucionais desse território e que a mesma sustente as opções de investimento e as prioridades de intervenção de cada uma das esferas decisórias regionais.
De igual forma, há muito defendo que a coesão do território nacional e a capacidade de promover um crescimento sustentado do mesmo passa por ter vários pólos de desenvolvimento de menor dimensão, que, por sua vez, agreguem as micro-economias locais em projectos comuns.
Em tese, são também estas ideias caras ao actual QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional, quando este condiciona a atribuição de apoios e confere maior prioridade aos projectos de cariz supra-municipal, desde que assentes em linhas estratégicas que constem dos documentos elaborados para cada um dos sub-territórios.
Foi assim que surgiu o estudo “Norte 2015” para o conjunto da Região Norte e que vêm agora sendo trazidos a público os vários estudos sub-regionais que, também sob patrocínio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e do Programa Operacional da Região Norte (ON) do Terceiro Quadro Comunitário de Apoio, estão a ser elaborados para as diferentes NUTS-3.
No caso do Minho-Lima coube ao CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho ser a entidade promotora do Projecto “CID - Competitividade, Inovação e Desenvolvimento no Minho-Lima”, cujo estudo final foi também recentemente apresentado.
Este Projecto tinha como grandes objectivos “a dinamização do empreendedorismo na região, a dinamização da cooperação entre os sectores de actividade de maior potencial e a valorização dos produtos regionais”.
Para este efeito, o estudo baseou-se em vários documentos previamente elaborados o que lhe permitiu orientar esta análise estratégica prospectiva para três sectores de actividade em que se crê que este território tenha uma competitividade acrescida: o sector Agro-Alimentar, a Metalomecânica Ligeira e as Energias Renováveis.
A selecção destes sectores e a inerente definição das oportunidades de investimento bem como das parcerias regionais que as devem suportar seguiu a linha de orientação do já referido estudo Norte 2015 de que esta escolha para cada território específico deveria ser efectuada com base no seu potencial endógeno.
Neste caso, verificou-se que a Região do Minho-Lima, composta pelos Concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, apresenta como uma das suas principais mais-valias a localização contígua, a Sul, com a Região do Cávado e, a Norte, com a Galiza – Espanha.
De notar que, para muitos dos concelhos referidos, algumas das principais cidades da Galiza se encontram mais próximas e acessíveis do que outros concelhos de referência do Norte de Portugal, sendo estas fronteiras das mais utilizadas por veículos ligeiros e por transporte de pesados no conjunto do País.
Ainda em termos diagnósticos, este território beneficia de infra-estruturas como o Porto de Viana ou um leque alargado de Parques Empresariais e Centros de Investigação e Incubação de Empresas, mas ostenta uma baixa qualificação da população local face à média do País, o que se acaba por reflectir nos níveis de produto, produtividade e salários.
Pese embora disponha de um nível significativo de jovens no conjunto da população, a verdade é que há concelhos em que a população idosa já assume pesos consideráveis, penalizando a capacidade empreendedora.
Recentemente, num estudo realizado pela consultora Augusto Mateus & Associados sobre a competitividade das regiões portuguesas, a região Minho-Lima aparecia como umas das regiões com um desempenho mais baixo, com um índice do grau de convergência para a União Europeia em tudo semelhante às regiões do interior do País.
Daí que o Projecto CID aponte o caminho para a construção de verdadeiros Vales de Excelência nas zonas envolventes dos Rios Minho e Lima. Uma Excelência que, segundo este estudo, passará por: “Uma agricultura biológica, com produção animal, e com valores “regionais”; Uma Natureza despoluída; Uma produção e promoção de produtos regionais; Um Turismo centrado na Natureza, gastronomia e etnografia; Uma produção de energia amiga do ambiente; Uma eficiência energética nas empresas; Uma gestão de Excelência nas empresas, em que se promova a qualidade, as competências pessoais e profissionais, a produtividade e o trabalho em rede”.
Como elemento aglutinador, este Projecto avança com a marca “Minho-Verde”, enquanto imagem capaz de retratar a identidade da região, não “apenas os aspectos relacionados com o ambiente e a ecologia, mas essencialmente os aspectos relacionados com a Excelência na gestão, na produtividade e na partilha de recursos”.
Para a criação desta marca regional e a sustentação de um pólo de competitividade nestes ditos Vales de Excelência, a afirmação dos três sectores seleccionados passará obrigatoriamente pelo reforço da formação profissional, pela melhoria da gestão, pelo aumento da produtividade, por um melhor ordenamento do território, pela promoção turística, pelo estímulo à cooperação e pela clusterização.
Mas, afinal, não é este o caminho para o desenvolvimento de qualquer território?
De igual forma, há muito defendo que a coesão do território nacional e a capacidade de promover um crescimento sustentado do mesmo passa por ter vários pólos de desenvolvimento de menor dimensão, que, por sua vez, agreguem as micro-economias locais em projectos comuns.
Em tese, são também estas ideias caras ao actual QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional, quando este condiciona a atribuição de apoios e confere maior prioridade aos projectos de cariz supra-municipal, desde que assentes em linhas estratégicas que constem dos documentos elaborados para cada um dos sub-territórios.
Foi assim que surgiu o estudo “Norte 2015” para o conjunto da Região Norte e que vêm agora sendo trazidos a público os vários estudos sub-regionais que, também sob patrocínio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e do Programa Operacional da Região Norte (ON) do Terceiro Quadro Comunitário de Apoio, estão a ser elaborados para as diferentes NUTS-3.
No caso do Minho-Lima coube ao CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho ser a entidade promotora do Projecto “CID - Competitividade, Inovação e Desenvolvimento no Minho-Lima”, cujo estudo final foi também recentemente apresentado.
Este Projecto tinha como grandes objectivos “a dinamização do empreendedorismo na região, a dinamização da cooperação entre os sectores de actividade de maior potencial e a valorização dos produtos regionais”.
Para este efeito, o estudo baseou-se em vários documentos previamente elaborados o que lhe permitiu orientar esta análise estratégica prospectiva para três sectores de actividade em que se crê que este território tenha uma competitividade acrescida: o sector Agro-Alimentar, a Metalomecânica Ligeira e as Energias Renováveis.
A selecção destes sectores e a inerente definição das oportunidades de investimento bem como das parcerias regionais que as devem suportar seguiu a linha de orientação do já referido estudo Norte 2015 de que esta escolha para cada território específico deveria ser efectuada com base no seu potencial endógeno.
Neste caso, verificou-se que a Região do Minho-Lima, composta pelos Concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, apresenta como uma das suas principais mais-valias a localização contígua, a Sul, com a Região do Cávado e, a Norte, com a Galiza – Espanha.
De notar que, para muitos dos concelhos referidos, algumas das principais cidades da Galiza se encontram mais próximas e acessíveis do que outros concelhos de referência do Norte de Portugal, sendo estas fronteiras das mais utilizadas por veículos ligeiros e por transporte de pesados no conjunto do País.
Ainda em termos diagnósticos, este território beneficia de infra-estruturas como o Porto de Viana ou um leque alargado de Parques Empresariais e Centros de Investigação e Incubação de Empresas, mas ostenta uma baixa qualificação da população local face à média do País, o que se acaba por reflectir nos níveis de produto, produtividade e salários.
Pese embora disponha de um nível significativo de jovens no conjunto da população, a verdade é que há concelhos em que a população idosa já assume pesos consideráveis, penalizando a capacidade empreendedora.
Recentemente, num estudo realizado pela consultora Augusto Mateus & Associados sobre a competitividade das regiões portuguesas, a região Minho-Lima aparecia como umas das regiões com um desempenho mais baixo, com um índice do grau de convergência para a União Europeia em tudo semelhante às regiões do interior do País.
Daí que o Projecto CID aponte o caminho para a construção de verdadeiros Vales de Excelência nas zonas envolventes dos Rios Minho e Lima. Uma Excelência que, segundo este estudo, passará por: “Uma agricultura biológica, com produção animal, e com valores “regionais”; Uma Natureza despoluída; Uma produção e promoção de produtos regionais; Um Turismo centrado na Natureza, gastronomia e etnografia; Uma produção de energia amiga do ambiente; Uma eficiência energética nas empresas; Uma gestão de Excelência nas empresas, em que se promova a qualidade, as competências pessoais e profissionais, a produtividade e o trabalho em rede”.
Como elemento aglutinador, este Projecto avança com a marca “Minho-Verde”, enquanto imagem capaz de retratar a identidade da região, não “apenas os aspectos relacionados com o ambiente e a ecologia, mas essencialmente os aspectos relacionados com a Excelência na gestão, na produtividade e na partilha de recursos”.
Para a criação desta marca regional e a sustentação de um pólo de competitividade nestes ditos Vales de Excelência, a afirmação dos três sectores seleccionados passará obrigatoriamente pelo reforço da formação profissional, pela melhoria da gestão, pelo aumento da produtividade, por um melhor ordenamento do território, pela promoção turística, pelo estímulo à cooperação e pela clusterização.
Mas, afinal, não é este o caminho para o desenvolvimento de qualquer território?
Sem comentários:
Enviar um comentário