O cluster da Saúde
Setenta instituições de natureza pública e privada formalizaram na passada Sexta-feira a criação do primeiro pólo de competitividade e tecnologia nacional: o HCP - Health Cluster Portugal.
O projecto agrega entidades da mais diversa natureza, de empresas a Hospitais, de Universidades a Institutos de Investigação, englobando algumas das instituições de referência da área da Saúde no nosso País.
Ao nível dos Centros de Investigação, este projecto abarca, entre outras, entidades como a Fundação Champalimaud, o IPATIMUP - Instituto Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, o IMM – Instituto de Medicina Molecular de Lisboa ou o Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, mas também o INL - Instituto Ibérico de Nanotecnologias, o INESC – Instituto de Engenharia e Sistemas de Computadores (Porto), o CITEVE – Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário ou o Instituto Gulbenkian da Ciência, que atestam da transversalidade científica desta área de “negócio”.
Junte-lhes o Avepark (Guimarães) e o Biocant - Centro de Inovação em Biotecnologia (sedeado em Cantanhede), as Universidades do Porto, Minho, Coimbra, Lisboa e Católica, os principais protagonistas da Indústria Farmacêutica nacional, vários fornecedores de dispositivos médicos e prestadores de serviços associados e algumas das principais Unidades de Saúde públicas e privadas para se perceber o compromisso que o “sector” devotou a este projecto.
A liderança formal pertence ao Presidente da Farmacêutica Bial, Luís Portela, ficando a ex-Ministra da Saúde e actual responsável da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, com a presidência do Conselho Fiscal.
Apesar de agregar entidades predominantemente privadas, de o Ministro da Economia, Manuel Pinho, se ter manifestado “surpreendido pelo dinamismo da sociedade civil no projecto do HCP” e de ter a CCDRN – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte com único representante formal do Estado, não se devem desvalorizar os méritos públicos nesta importante iniciativa estratégica para o desenvolvimento do nosso País e para a diversificação da nossa base empresarial.
Em verdade, temos pelo menos que recuar até 2006, altura em que foram publicados os primeiros esboços do Norte 2015 – o estudo de posicionamento estratégico prospectivo que a CCDRN promoveu como documento norteador do novo Quadro Comunitário, para identificar as primeiras referências estruturadas à emergência de um cluster ligado à “Saúde, Dispositivos Médicos e Farmacêutica” no Norte do País.
Não terá sido, pois, por acaso que a própria formalização do Health Cluster Portugal tenha tido lugar nas instalações da CCDRN, pese embora a manifesta abrangência nacional das entidades envolvidas.
Como seria expectável e desejável, as prioridades elencadas no Norte 2015 foram repercutidas nas opções estratégicas insertas no Programa Operacional da Região Norte, no Eixo 1 –Competitividade, Inovação e Conhecimento, tendo como objectivo o “Apoio à criação e consolidação de “clusters” emergentes e de empresas de base tecnológica em sectores que promovam o interface com as competências e capacidades regionais em ciência e tecnologia”, o que é convergente com as políticas de apoio às Estratégias de Eficiência Colectiva que a Agenda para a Competitividade também consagra.
Através deste tipo de iniciativas, pretende-se promover uma maior interligação entre a produção do conhecimento científico, a investigação aplicada e o posicionamento comercial dos produtos e serviços que possam vir a ser patenteados, a nível internacional, em áreas de elevado valor acrescentado.
A inovação é a palavra de ordem, para o que se pretende aproveitar o reconhecimento do trabalho produzido no meio académico envolvido, a experiência de sucesso de instituições como a Bial e o potencial que pode resultar de uma lógica de efectiva cooperação entre toda esta gama de instituições.
Esta associação assumiu como áreas prioritárias iniciais os domínios do bem-estar e envelhecimento, das doenças neurodegenerativas, dos vários tipos de cancros e doenças cardiovasculares e a tele-medicina.
Como seria de esperar, os projectos que venham a ser apresentados merecerão uma especial majoração nas diversas candidaturas que podem vir a formular aos Programas Operacionais referidos do Quadro de Referência Estratégica Nacional, exigindo-se ainda um substancial esforço da parte dos promotores.
É que, como tantas vezes acontece, basta que as entidades públicas assumam o seu papel de facilitadoras para que algo de bom possa surgir da dita sociedade civil.
O projecto agrega entidades da mais diversa natureza, de empresas a Hospitais, de Universidades a Institutos de Investigação, englobando algumas das instituições de referência da área da Saúde no nosso País.
Ao nível dos Centros de Investigação, este projecto abarca, entre outras, entidades como a Fundação Champalimaud, o IPATIMUP - Instituto Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, o IMM – Instituto de Medicina Molecular de Lisboa ou o Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, mas também o INL - Instituto Ibérico de Nanotecnologias, o INESC – Instituto de Engenharia e Sistemas de Computadores (Porto), o CITEVE – Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário ou o Instituto Gulbenkian da Ciência, que atestam da transversalidade científica desta área de “negócio”.
Junte-lhes o Avepark (Guimarães) e o Biocant - Centro de Inovação em Biotecnologia (sedeado em Cantanhede), as Universidades do Porto, Minho, Coimbra, Lisboa e Católica, os principais protagonistas da Indústria Farmacêutica nacional, vários fornecedores de dispositivos médicos e prestadores de serviços associados e algumas das principais Unidades de Saúde públicas e privadas para se perceber o compromisso que o “sector” devotou a este projecto.
A liderança formal pertence ao Presidente da Farmacêutica Bial, Luís Portela, ficando a ex-Ministra da Saúde e actual responsável da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, com a presidência do Conselho Fiscal.
Apesar de agregar entidades predominantemente privadas, de o Ministro da Economia, Manuel Pinho, se ter manifestado “surpreendido pelo dinamismo da sociedade civil no projecto do HCP” e de ter a CCDRN – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte com único representante formal do Estado, não se devem desvalorizar os méritos públicos nesta importante iniciativa estratégica para o desenvolvimento do nosso País e para a diversificação da nossa base empresarial.
Em verdade, temos pelo menos que recuar até 2006, altura em que foram publicados os primeiros esboços do Norte 2015 – o estudo de posicionamento estratégico prospectivo que a CCDRN promoveu como documento norteador do novo Quadro Comunitário, para identificar as primeiras referências estruturadas à emergência de um cluster ligado à “Saúde, Dispositivos Médicos e Farmacêutica” no Norte do País.
Não terá sido, pois, por acaso que a própria formalização do Health Cluster Portugal tenha tido lugar nas instalações da CCDRN, pese embora a manifesta abrangência nacional das entidades envolvidas.
Como seria expectável e desejável, as prioridades elencadas no Norte 2015 foram repercutidas nas opções estratégicas insertas no Programa Operacional da Região Norte, no Eixo 1 –Competitividade, Inovação e Conhecimento, tendo como objectivo o “Apoio à criação e consolidação de “clusters” emergentes e de empresas de base tecnológica em sectores que promovam o interface com as competências e capacidades regionais em ciência e tecnologia”, o que é convergente com as políticas de apoio às Estratégias de Eficiência Colectiva que a Agenda para a Competitividade também consagra.
Através deste tipo de iniciativas, pretende-se promover uma maior interligação entre a produção do conhecimento científico, a investigação aplicada e o posicionamento comercial dos produtos e serviços que possam vir a ser patenteados, a nível internacional, em áreas de elevado valor acrescentado.
A inovação é a palavra de ordem, para o que se pretende aproveitar o reconhecimento do trabalho produzido no meio académico envolvido, a experiência de sucesso de instituições como a Bial e o potencial que pode resultar de uma lógica de efectiva cooperação entre toda esta gama de instituições.
Esta associação assumiu como áreas prioritárias iniciais os domínios do bem-estar e envelhecimento, das doenças neurodegenerativas, dos vários tipos de cancros e doenças cardiovasculares e a tele-medicina.
Como seria de esperar, os projectos que venham a ser apresentados merecerão uma especial majoração nas diversas candidaturas que podem vir a formular aos Programas Operacionais referidos do Quadro de Referência Estratégica Nacional, exigindo-se ainda um substancial esforço da parte dos promotores.
É que, como tantas vezes acontece, basta que as entidades públicas assumam o seu papel de facilitadoras para que algo de bom possa surgir da dita sociedade civil.
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