De novo, o Comércio Electrónico
O Fórum da TSF de ontem de manhã dedicou-se a avaliar o estado da arte do Comércio Electrónico em Portugal, tendo como pano de fundo a 4ª Semana do Comércio Electrónico que a ACEP – Associação do Comércio Electrónico em Portugal irá promover de hoje até ao próximo dia 16 de Novembro.
A iniciativa que a ACEP vai levar a cabo, pretende assumir-se como uma ampla acção de mobilização nacional em torno do comércio electrónico, que contempla, por exemplo, conferências, workshops temáticos, iniciativas regionais em vários distritos e prémios a quem efectuar compras na Internet.
À medida que, durante a viagem, fui ouvindo os vários intervenientes, vieram-me à memória os mesmos argumentos que, há quase quatro anos, invocava neste mesmo espaço como oportunidades e desafios para a afirmação deste canal de distribuição/sector de actividade.
Na altura, o “apoio a Novas Formas de Criar Valor Económico: o aumento da produtividade e da competitividade das empresas e do país através dos negócios electrónicos” era um dos pilares fundamentais do Plano de Acção para a Sociedade da Informação em Portugal, aquilo que hoje se designará como o Plano Tecnológico.
De igual forma, também hoje as estatísticas parecem funcionar como aliados da expansão do Comércio Electrónico, quer por revelarem um crescimento sustentado ao longo dos últimos anos, quer por perspectivarem um incremento potencial ainda mais significativo no futuro, até por reporte com outras realidades internacionais.
Neste domínio, não há praticamente indicadores que apontem em sentido contrário, seja pelo número de utilizadores domésticos, académicos ou profissionais, seja pelo número de empresas e outras entidades com presença na Internet, seja pelo tipo de serviços que estas disponibilizam pela via virtual, seja, até, pelo volume de negócios efectivamente concretizado de comércio electrónico.
Ontem mesmo, a ACEP divulgava um estudo recente da Marktest que apurou que existem 2,378 milhões de internautas a residir em Portugal que têm por hábito aceder a sites de comércio electrónico a partir de casa. Esses números resultam de uma análise efectuada entre Janeiro e Setembro deste ano e representam 78,7 por cento dos utilizadores de Internet com mais de três anos (!!!).
Ainda segundo os dados da Marktest, ao longo destes nove meses foram visitadas perto de 569 milhões de páginas de e-commerce, o que perfaz uma média de 239 por utilizador. No que diz respeito a horas de navegação, a Marktest indica que os portugueses despenderam mais de 4,5 milhões de horas a visitar estes sites, ou seja, 1 hora e 54 minutos por utilizador.
Finalmente, e ainda de acordo com este estudo, em média, no período analisado, a loja online da Fnac foi a que registou maior número de utilizadores únicos (829 mil), seguido da Worten (774 mil) e da Amazon (733 mil). Por sua vez, o miau.pt (110 milhões) foi o site que obteve maior número de page-views e o que registou maior tempo despendido em visualizações (675 mil horas).
À medida que os anos passam, que são disponibilizadas mais infra-estruturas e que existe uma superior aculturação com o fenómeno, é natural que os dados estatísticos venham a ser cada vez mais expressivos.
Para muitos cidadãos, é hoje um hábito perfeitamente adquirido ler jornais on-line, movimentar as contas bancárias, efectuar pagamentos, realizar declarações fiscais e outras iniciativas de relacionamento com organismos públicos através da Internet.
Para muitos destes, a Internet é também o meio preferencial para efectuar reservas de viagens, para encomendar livros, CDs, DVDs ou software informático e até para realizar as compras de mercearia da semana.
Também numa óptica empresarial, é cada vez maior o volume de negócios realizado através de plataforma electrónicas, seja entre empresas de qualquer parte do mundo, seja no contacto com a Administração Pública (de que a Central de Compras do Estado é um bom exemplo).
Segundo o Barómetro Trimestral do Comércio Electrónico em Portugal, da ACEP e NETSONDA, relativo ao 2º Trimestre de 2007, 84,4% dos membros da ACEP inquiridos indicam a existência de um aumento do volume de vendas a partir da Internet, em comparação com o período homólogo de 2006, verificando-se também um aumento do número de Clientes que fez compras através dos sítios na Internet dos associados da ACEP.
Se, para muitos utilizadores, continua a invocar-se a necessidade de reforçar os sistemas de segurança, tecnológicos e de regulação que suportam o Comércio Electrónico em Portugal, há uma sombra que permanece indelével sobre este sector: o custo das comunicações.
Segundo um estudo da ITIF – Information, Technology and Innovation Foundation de Abril último, Portugal tem, entre os 30 países analisados, o 19º lugar em matéria de penetração (percentagem de domicílios com ligação à Internet, a escassa distância do Top-10), o sétimo lugar em velocidade de conexão, e o 18º lugar no custo de ligação (com um valor que quase duplica o custo dos países do meio da tabela).
Até quando?
A iniciativa que a ACEP vai levar a cabo, pretende assumir-se como uma ampla acção de mobilização nacional em torno do comércio electrónico, que contempla, por exemplo, conferências, workshops temáticos, iniciativas regionais em vários distritos e prémios a quem efectuar compras na Internet.
À medida que, durante a viagem, fui ouvindo os vários intervenientes, vieram-me à memória os mesmos argumentos que, há quase quatro anos, invocava neste mesmo espaço como oportunidades e desafios para a afirmação deste canal de distribuição/sector de actividade.
Na altura, o “apoio a Novas Formas de Criar Valor Económico: o aumento da produtividade e da competitividade das empresas e do país através dos negócios electrónicos” era um dos pilares fundamentais do Plano de Acção para a Sociedade da Informação em Portugal, aquilo que hoje se designará como o Plano Tecnológico.
De igual forma, também hoje as estatísticas parecem funcionar como aliados da expansão do Comércio Electrónico, quer por revelarem um crescimento sustentado ao longo dos últimos anos, quer por perspectivarem um incremento potencial ainda mais significativo no futuro, até por reporte com outras realidades internacionais.
Neste domínio, não há praticamente indicadores que apontem em sentido contrário, seja pelo número de utilizadores domésticos, académicos ou profissionais, seja pelo número de empresas e outras entidades com presença na Internet, seja pelo tipo de serviços que estas disponibilizam pela via virtual, seja, até, pelo volume de negócios efectivamente concretizado de comércio electrónico.
Ontem mesmo, a ACEP divulgava um estudo recente da Marktest que apurou que existem 2,378 milhões de internautas a residir em Portugal que têm por hábito aceder a sites de comércio electrónico a partir de casa. Esses números resultam de uma análise efectuada entre Janeiro e Setembro deste ano e representam 78,7 por cento dos utilizadores de Internet com mais de três anos (!!!).
Ainda segundo os dados da Marktest, ao longo destes nove meses foram visitadas perto de 569 milhões de páginas de e-commerce, o que perfaz uma média de 239 por utilizador. No que diz respeito a horas de navegação, a Marktest indica que os portugueses despenderam mais de 4,5 milhões de horas a visitar estes sites, ou seja, 1 hora e 54 minutos por utilizador.
Finalmente, e ainda de acordo com este estudo, em média, no período analisado, a loja online da Fnac foi a que registou maior número de utilizadores únicos (829 mil), seguido da Worten (774 mil) e da Amazon (733 mil). Por sua vez, o miau.pt (110 milhões) foi o site que obteve maior número de page-views e o que registou maior tempo despendido em visualizações (675 mil horas).
À medida que os anos passam, que são disponibilizadas mais infra-estruturas e que existe uma superior aculturação com o fenómeno, é natural que os dados estatísticos venham a ser cada vez mais expressivos.
Para muitos cidadãos, é hoje um hábito perfeitamente adquirido ler jornais on-line, movimentar as contas bancárias, efectuar pagamentos, realizar declarações fiscais e outras iniciativas de relacionamento com organismos públicos através da Internet.
Para muitos destes, a Internet é também o meio preferencial para efectuar reservas de viagens, para encomendar livros, CDs, DVDs ou software informático e até para realizar as compras de mercearia da semana.
Também numa óptica empresarial, é cada vez maior o volume de negócios realizado através de plataforma electrónicas, seja entre empresas de qualquer parte do mundo, seja no contacto com a Administração Pública (de que a Central de Compras do Estado é um bom exemplo).
Segundo o Barómetro Trimestral do Comércio Electrónico em Portugal, da ACEP e NETSONDA, relativo ao 2º Trimestre de 2007, 84,4% dos membros da ACEP inquiridos indicam a existência de um aumento do volume de vendas a partir da Internet, em comparação com o período homólogo de 2006, verificando-se também um aumento do número de Clientes que fez compras através dos sítios na Internet dos associados da ACEP.
Se, para muitos utilizadores, continua a invocar-se a necessidade de reforçar os sistemas de segurança, tecnológicos e de regulação que suportam o Comércio Electrónico em Portugal, há uma sombra que permanece indelével sobre este sector: o custo das comunicações.
Segundo um estudo da ITIF – Information, Technology and Innovation Foundation de Abril último, Portugal tem, entre os 30 países analisados, o 19º lugar em matéria de penetração (percentagem de domicílios com ligação à Internet, a escassa distância do Top-10), o sétimo lugar em velocidade de conexão, e o 18º lugar no custo de ligação (com um valor que quase duplica o custo dos países do meio da tabela).
Até quando?
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