O melhor local para trabalhar
A revista Exame dedica a sua edição de Maio à apresentação das 28 melhores empresas para trabalhar de acordo com os resultados de um estudo da Heidrick & Struggles, uma empresa multinacional de consultoria de recursos humanos.
Na base desta classificação está um vasto inquérito realizado junto de mais de 250 empresas candidatas, através do qual se procurou aferir do nível de satisfação dos seus trabalhadores e elaborar um relatório de diagnóstico dos principais pontos fortes e fracos da respectiva gestão dos seus recursos humanos.
Na análise efectuada procede-se à caracterização do perfil dos colaboradores das empresas candidatas (idade, sexo, nacionalidade, formação académica base) e à avaliação de diferentes domínios da sua política de recursos humanos, como o número de horas de formação por colaborador, as práticas inovadoras, a capacidade para incutir um sentimento de pertença ou para proporcionar a apreensão de conhecimentos aos seus colaboradores, o acesso à informação interna relevante, os princípios éticos vigentes na política de recrutamento, entre vários outros.
Neste âmbito, o estudo agora divulgado pela Exame chega a especificar dados curiosos como o número de mulheres em cargos de direcção, o número de saídas voluntárias e involuntárias de colaboradores (incluindo reformas) ou o número de colaboradores deslocados no estrangeiro.
No cômputo geral, o estudo enfatiza os méritos de empresas como a Microsoft Portugal, a RE/MAX Portugal, a Procter & Gamble, o Millennium BCP ou a A.T. Kearney, que coloca nos cinco primeiros postos do ranking.
Aliás, as primeiras empresas deste estudo são também aquelas que acumulam as Menções Honrosas para certas vertentes específicas como as Melhores Práticas de Desenvolvimento de Capital Humano (Microsoft), a Melhor Empresa para os Jovens Trabalharem (Procter & Gamble), a Empresa com a Cultura Corporativa mais Forte (A.T. Kearney), a Melhor Empresa-Escola (Roland Berger, 6ª do Ranking) e a Melhor Empresa para as Mulheres Trabalharem (Ericsson, 7ª).
O Millennium BCP é considerado como a Melhor Empresa Portuguesa, num ranking em que está acompanhado de mais 13 empresas de origem nacional, cobrindo diferentes sectores de actividade.
Curiosamente, mesmo nas 28 melhores empresas para trabalhar são apresentados diversos pontos negativos, que vão desde a política de remunerações, aos sistemas de avaliação de desempenho, à falta de transparência das progressões na carreira, à ausência de iniciativas de responsabilidade social ou às dificuldades criadas ao equilíbrio entre a carreira e a família por parte dos colaboradores.
Mais do que as posições relativas das empresas, são estes princípios inscritos no inquérito realizado que devem servir como guia para qualquer empresa ou instituição, pública ou privada, que queira afirmar-se pelas condições de trabalho que proporciona aos seus colaboradores.
Os princípios que, na óptica do Global Place to Work® Institute – uma outra consultora internacional de recursos humanos –, se podem agregar nos diferentes relacionamentos entre os colaboradores e a gestão, os colaboradores e as suas funções e a empresa e entre os diferentes colaboradores. Nestas três vertentes, o Global Place to Work® Institute enfatiza as dimensões da Confiança (traduzida em Credibilidade, Respeito e Justiça/Equidade), Orgulho e Camaradagem como elementos fundamentais dos melhores locais para trabalhar.
Segundo elementos estatísticos recolhidos a nível internacional, as empresas que melhor incorporam estes princípios nas suas práticas de gestão de recursos humanos vêem significativamente aumentadas as suas vantagens competitivas: i) recrutam colaboradores mais qualificados; ii) enfrentam um menor grau de rotação de colaboradores; iii) sentem reduções nos custos de saúde com o pessoal; iv) registam maiores níveis de satisfação dos consumidores e maiores níveis de fidelidade dos clientes; v) demonstram mais espírito inovador, criatividade e empreendedorismo; vi) beneficiam de maior produtividade e rentabilidade.
Há já vários anos, o Great Place to Work® Institute promove também a elaboração de rankings das melhores empresas para trabalhar, quer a nível internacional, quer a nível local, através das suas delegações nacionais, entre as quais o Great Place to Work® Institute Portugal.
Na Lista das 25 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal em 2007, que foi elaborada pelo Great Place to Work® Institute Portugal e publicada pelo jornal Público, a Cushman & Wakefield, a Microsoft, a Amgen Biofarmacêutica, a BMW Portugal e a Liberty Seguros assumiram os cinco primeiros lugares.
A Danone Portugal recebeu o Prémio Especial da Melhor Empresa para os Jovens Trabalharem, enquanto a Accenture foi considerada a Melhor Empresa para os Executivos Trabalharem.
Neste grupo restrito, com claro domínio para as filiais de multinacionais, realce ainda para a Bracarense DST – Domingos Silva e Teixeira, a 20ª do ranking e a Melhor Empresa para Trabalhar do Sector da Construção Civil e Obras Públicas.
Tudo isto, dirão alguns mais atentos à persistente conjuntura económica negativa, se não pensarmos que a melhor empresa para trabalhar é aquela em que… se pode continuar a trabalhar!
Na base desta classificação está um vasto inquérito realizado junto de mais de 250 empresas candidatas, através do qual se procurou aferir do nível de satisfação dos seus trabalhadores e elaborar um relatório de diagnóstico dos principais pontos fortes e fracos da respectiva gestão dos seus recursos humanos.
Na análise efectuada procede-se à caracterização do perfil dos colaboradores das empresas candidatas (idade, sexo, nacionalidade, formação académica base) e à avaliação de diferentes domínios da sua política de recursos humanos, como o número de horas de formação por colaborador, as práticas inovadoras, a capacidade para incutir um sentimento de pertença ou para proporcionar a apreensão de conhecimentos aos seus colaboradores, o acesso à informação interna relevante, os princípios éticos vigentes na política de recrutamento, entre vários outros.
Neste âmbito, o estudo agora divulgado pela Exame chega a especificar dados curiosos como o número de mulheres em cargos de direcção, o número de saídas voluntárias e involuntárias de colaboradores (incluindo reformas) ou o número de colaboradores deslocados no estrangeiro.
No cômputo geral, o estudo enfatiza os méritos de empresas como a Microsoft Portugal, a RE/MAX Portugal, a Procter & Gamble, o Millennium BCP ou a A.T. Kearney, que coloca nos cinco primeiros postos do ranking.
Aliás, as primeiras empresas deste estudo são também aquelas que acumulam as Menções Honrosas para certas vertentes específicas como as Melhores Práticas de Desenvolvimento de Capital Humano (Microsoft), a Melhor Empresa para os Jovens Trabalharem (Procter & Gamble), a Empresa com a Cultura Corporativa mais Forte (A.T. Kearney), a Melhor Empresa-Escola (Roland Berger, 6ª do Ranking) e a Melhor Empresa para as Mulheres Trabalharem (Ericsson, 7ª).
O Millennium BCP é considerado como a Melhor Empresa Portuguesa, num ranking em que está acompanhado de mais 13 empresas de origem nacional, cobrindo diferentes sectores de actividade.
Curiosamente, mesmo nas 28 melhores empresas para trabalhar são apresentados diversos pontos negativos, que vão desde a política de remunerações, aos sistemas de avaliação de desempenho, à falta de transparência das progressões na carreira, à ausência de iniciativas de responsabilidade social ou às dificuldades criadas ao equilíbrio entre a carreira e a família por parte dos colaboradores.
Mais do que as posições relativas das empresas, são estes princípios inscritos no inquérito realizado que devem servir como guia para qualquer empresa ou instituição, pública ou privada, que queira afirmar-se pelas condições de trabalho que proporciona aos seus colaboradores.
Os princípios que, na óptica do Global Place to Work® Institute – uma outra consultora internacional de recursos humanos –, se podem agregar nos diferentes relacionamentos entre os colaboradores e a gestão, os colaboradores e as suas funções e a empresa e entre os diferentes colaboradores. Nestas três vertentes, o Global Place to Work® Institute enfatiza as dimensões da Confiança (traduzida em Credibilidade, Respeito e Justiça/Equidade), Orgulho e Camaradagem como elementos fundamentais dos melhores locais para trabalhar.
Segundo elementos estatísticos recolhidos a nível internacional, as empresas que melhor incorporam estes princípios nas suas práticas de gestão de recursos humanos vêem significativamente aumentadas as suas vantagens competitivas: i) recrutam colaboradores mais qualificados; ii) enfrentam um menor grau de rotação de colaboradores; iii) sentem reduções nos custos de saúde com o pessoal; iv) registam maiores níveis de satisfação dos consumidores e maiores níveis de fidelidade dos clientes; v) demonstram mais espírito inovador, criatividade e empreendedorismo; vi) beneficiam de maior produtividade e rentabilidade.
Há já vários anos, o Great Place to Work® Institute promove também a elaboração de rankings das melhores empresas para trabalhar, quer a nível internacional, quer a nível local, através das suas delegações nacionais, entre as quais o Great Place to Work® Institute Portugal.
Na Lista das 25 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal em 2007, que foi elaborada pelo Great Place to Work® Institute Portugal e publicada pelo jornal Público, a Cushman & Wakefield, a Microsoft, a Amgen Biofarmacêutica, a BMW Portugal e a Liberty Seguros assumiram os cinco primeiros lugares.
A Danone Portugal recebeu o Prémio Especial da Melhor Empresa para os Jovens Trabalharem, enquanto a Accenture foi considerada a Melhor Empresa para os Executivos Trabalharem.
Neste grupo restrito, com claro domínio para as filiais de multinacionais, realce ainda para a Bracarense DST – Domingos Silva e Teixeira, a 20ª do ranking e a Melhor Empresa para Trabalhar do Sector da Construção Civil e Obras Públicas.
Tudo isto, dirão alguns mais atentos à persistente conjuntura económica negativa, se não pensarmos que a melhor empresa para trabalhar é aquela em que… se pode continuar a trabalhar!
2 comentários:
Caro Ricardo,
De facto, este tipo de estudos só vem provar (para os que ainda não se deram conta) que a gestão de recursos humanos é um factor chave na gestão de qualquer organização e que contribui de forma indiscutível e potenciadora para o aumento de competitivdade.
Pena é que entre as melhores empresas não apareça (segundo o que sei) qualquer instituto, direcção ou organização pública. Também nestas a gestão de recursos humanos deveria assumir outra relevância e contribuir para uma melhor administração central e local, com benefícios para todos e em especial para o país.
Participei nesse estudo, e a minha empresa figura nas primeiras posições. Considero q o estudo é óptimo para avaliar tendências, todavia as posições são sempre relativas, pois são os próprios empregados a auto-avaliarem-se.
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