A Bolsa de Valores Sociais
Uma Bolsa de Valores é uma entidade prestadora de um serviço que visa viabilizar a transacção de valores mobiliários às partes intervenientes em atractivas condições de custo e com elevados níveis de transparência e segurança.
Por esta via, faculta o acesso a novas e menos onerosas fontes de financiamento aos agentes deficitários e potencia a disponibilização de um leque alternativo de opções de investimento aos agentes superavitários.
Certo? Certo. Mas não só.
Depois de alguns anos de experiência no Brasil e de algumas iniciativas semelhantes em outros países, o mês de Novembro de 2009 marcou a chegada a Portugal de uma outra Bolsa de Valores, aparentemente imune aos juízos depreciativos sobre as práticas especulativas que sempre impendem sobre os mercados tradicionais.
Bem pelo contrário, a Bolsa de Valores Sociais perfila-se como o instrumento de viabilização de um amplo conjunto de projectos de cariz social, com um espectro geográfico alargado e num também abrangente conjunto de domínios de intervenção, em função das necessidades específicas das populações-alvo de cada um deles.
Desta feita, e na óptica dos agentes compradores dos valores existentes no mercado, não há qualquer lógica de rentabilização do investimento através da valorização dos “títulos” adquiridos, tanto mais que os mesmos não são sequer negociáveis.
Em que consiste então este mercado? Quais as vantagens para os diferentes tipos de participantes?
Se quisermos incutir a esta análise uma abordagem muito simplista, poderíamos dizer que a Bolsa de Valores Sociais não é mais que um espaço de angariação de donativos para projectos de cariz social.
Afinal, os investidores que adquirem as acções dos diferentes projectos listados no mercado, estão precisamente a atribuir um donativo no valor de um Euro por acção à entidade visada, no quadro concreto do projecto aí referenciado.
Aqui, surge uma das principais vantagens deste mercado: o investidor social não só pode escolher entre um leque alargado de alternativas para consumar o seu donativo (beneficiando da centralização da informação e da disponibilização de meios de pagamento expeditos), como se assegura que esse apoio será integralmente canalizado para um projecto concreto – que se lhe afigure especialmente meritório – e não para o conjunto da entidade promotora em abstracto.
Para tal, beneficia do acompanhamento assumido pela entidade gestora da Bolsa de Valores Sociais e do acesso que passa a ter aos Relatórios de Actividades e Contas e de desenvolvimento dos projectos de cujas acções é portador.
Aliás, para cada projecto, o investidor consegue saber desde a primeira hora o montante envolvido e o valor do capital ainda não subscrito, em função das acções ainda disponíveis no mercado.
No caso das empresas, a entidade gestora da Bolsa disponibiliza ainda um conjunto de serviços de apoio à estruturação e implementação de políticas de Responsabilidade Social
Ainda na óptica dos investidores, há que realçar a selecção prévia que é efectuada dos projectos admitidos à “cotação” na Bolsa de Valores Sociais. Tal como é expresso pela Entidade Gestora da Bolsa, a mesma assenta não no mérito dos projectos – que é inquestionável para qualquer iniciativa neste âmbito – mas no seu impacto e na capacidade de alavancagem dos resultados.
Isto é, o investidor sabe que os Euros que vai aplicar em dada acção vão de facto fazer a diferença!
Na óptica dos parceiros sociais – as instituições promotoras dos projectos – é óbvio que a existência da Bolsa abre portas a novas fontes de financiamento e à dispersão dos potenciais investidores muito para lá das fronteiras das Comunidades em que se inserem.
Por outro lado, a selectividade à entrada induz a um maior espírito de inovação nos projectos desenvolvidos e uma maior orientação para a obtenção de resultados sociais visíveis.
Finalmente, a obrigatoriedade de prestação regular de contas aporta também um rigor adicional às práticas de gestão destas entidades.
Por último, cumpre enaltecer a estrutura que viabiliza a existência da Bolsa de Valores Sociais. Da Atitude – a Associação sem Fins Lucrativos que dá continuidade ao projecto criado por Celso Grecco no Brasil -, à Euronext Lisbon, à Fundação Calouste Gulbenkian e à Fundação EDP há que destacar a atitude (passo a redundância) que os coloca como verdadeiros agentes catalisadores da transformação social numa altura em que este tipo de iniciativas, dirigidas às franjas mais carenciadas da população, são absolutamente necessárias.
Por esta via, faculta o acesso a novas e menos onerosas fontes de financiamento aos agentes deficitários e potencia a disponibilização de um leque alternativo de opções de investimento aos agentes superavitários.
Certo? Certo. Mas não só.
Depois de alguns anos de experiência no Brasil e de algumas iniciativas semelhantes em outros países, o mês de Novembro de 2009 marcou a chegada a Portugal de uma outra Bolsa de Valores, aparentemente imune aos juízos depreciativos sobre as práticas especulativas que sempre impendem sobre os mercados tradicionais.
Bem pelo contrário, a Bolsa de Valores Sociais perfila-se como o instrumento de viabilização de um amplo conjunto de projectos de cariz social, com um espectro geográfico alargado e num também abrangente conjunto de domínios de intervenção, em função das necessidades específicas das populações-alvo de cada um deles.
Desta feita, e na óptica dos agentes compradores dos valores existentes no mercado, não há qualquer lógica de rentabilização do investimento através da valorização dos “títulos” adquiridos, tanto mais que os mesmos não são sequer negociáveis.
Em que consiste então este mercado? Quais as vantagens para os diferentes tipos de participantes?
Se quisermos incutir a esta análise uma abordagem muito simplista, poderíamos dizer que a Bolsa de Valores Sociais não é mais que um espaço de angariação de donativos para projectos de cariz social.
Afinal, os investidores que adquirem as acções dos diferentes projectos listados no mercado, estão precisamente a atribuir um donativo no valor de um Euro por acção à entidade visada, no quadro concreto do projecto aí referenciado.
Aqui, surge uma das principais vantagens deste mercado: o investidor social não só pode escolher entre um leque alargado de alternativas para consumar o seu donativo (beneficiando da centralização da informação e da disponibilização de meios de pagamento expeditos), como se assegura que esse apoio será integralmente canalizado para um projecto concreto – que se lhe afigure especialmente meritório – e não para o conjunto da entidade promotora em abstracto.
Para tal, beneficia do acompanhamento assumido pela entidade gestora da Bolsa de Valores Sociais e do acesso que passa a ter aos Relatórios de Actividades e Contas e de desenvolvimento dos projectos de cujas acções é portador.
Aliás, para cada projecto, o investidor consegue saber desde a primeira hora o montante envolvido e o valor do capital ainda não subscrito, em função das acções ainda disponíveis no mercado.
No caso das empresas, a entidade gestora da Bolsa disponibiliza ainda um conjunto de serviços de apoio à estruturação e implementação de políticas de Responsabilidade Social
Ainda na óptica dos investidores, há que realçar a selecção prévia que é efectuada dos projectos admitidos à “cotação” na Bolsa de Valores Sociais. Tal como é expresso pela Entidade Gestora da Bolsa, a mesma assenta não no mérito dos projectos – que é inquestionável para qualquer iniciativa neste âmbito – mas no seu impacto e na capacidade de alavancagem dos resultados.
Isto é, o investidor sabe que os Euros que vai aplicar em dada acção vão de facto fazer a diferença!
Na óptica dos parceiros sociais – as instituições promotoras dos projectos – é óbvio que a existência da Bolsa abre portas a novas fontes de financiamento e à dispersão dos potenciais investidores muito para lá das fronteiras das Comunidades em que se inserem.
Por outro lado, a selectividade à entrada induz a um maior espírito de inovação nos projectos desenvolvidos e uma maior orientação para a obtenção de resultados sociais visíveis.
Finalmente, a obrigatoriedade de prestação regular de contas aporta também um rigor adicional às práticas de gestão destas entidades.
Por último, cumpre enaltecer a estrutura que viabiliza a existência da Bolsa de Valores Sociais. Da Atitude – a Associação sem Fins Lucrativos que dá continuidade ao projecto criado por Celso Grecco no Brasil -, à Euronext Lisbon, à Fundação Calouste Gulbenkian e à Fundação EDP há que destacar a atitude (passo a redundância) que os coloca como verdadeiros agentes catalisadores da transformação social numa altura em que este tipo de iniciativas, dirigidas às franjas mais carenciadas da população, são absolutamente necessárias.
1 comentário:
Excelente materia sobre a definição de Bolsa de Valores. Parbéns pelas informações .
http://www.equipetrader.com.br
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