terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Crash nas Bolsas


Para muitos Portugueses, este final do primeiro mês de 2008, está envolto em algumas perplexidades e em inúmeros receios no que concerne ao desempenho da economia e da generalidade dos mercados financeiros.
Na passada semana, assistiam ao eco público de mais um crash das Bolsas internacionais, com dimensões apenas superadas (nalguns casos) pelas consequências dos atentados ao World Trade Center no já longínquo 11 de Setembro de 2001.
Da Europa à Ásia, a mínima descida verificada naquela fatídica Segunda-feira 21 de Janeiro situou-se nos 3,86% da Bolsa de Tóquio contra o máximo de quebra de 7,54% dos nossos vizinhos de Madrid (a maior descida da Bolsa Espanhola num único dia desde 1991). Na madrugada seguinte, porém, Hong Kong cairia 8,56% e Tóquio 5,6%.
Em Portugal, foram também ultrapassados os maiores valores de descida do Índice da Bolsa da última década, com uns significativos 5,83% que agravaram ainda mais a tendência de queda que se regista desde o início do ano e que voltou a repetir-se em diversas sessões subsequentes.
Já nos Estados Unidos, onde muitos procuram encontrar as razões últimas para este clima agreste que se vive nos mercados, o feriado evocativo de Martin Luther King, permitiu que as quedas fossem significativamente amortecidas, quando não estancadas, graças à veemente intervenção da Reserva Federal Americana – que promoveu um corte de 0,75% na sua taxa directora de uma só vez.
Mas, perguntarão alguns, até que ponto é que estas oscilações devem preocupar o comum dos cidadãos? Não são estes comportamentos voláteis dos mercados financeiros, e das Bolsas em particular, apenas motivo de apreensão e campo de intervenção para os maléficos especuladores e para um ou outro investidor mais incauto?
A verdade é que se é possível distinguir elementos de natureza estritamente financeira em muitos dos acontecimentos recentes, parece haver também uma ligação umbilical com o que vai acontecendo e se perspectiva venha a acontecer na economia real ao longo dos próximos meses, o que transforma este fenómeno em algo sensível a todos os protagonistas da sociedade.
Afinal, não estaremos a lidar apenas com a situação conturbada de um certo grupo económico, por mais importante que ele pudesse ser no contexto nacional, nem sequer com uma crise que se pode restringir a um espectro restrito do tecido empresarial – se é que era possível isolar no seio do meio financeiro a crise do crédito hipotecário de alto risco (subprime) que visou a banca norte-americana.
No conjunto das economias globalizadas temos hoje a evidência de um sector financeiro manifestamente descapitalizado e enfrentando sérios problemas de incumprimento dos créditos concedidos; um sector imobiliário cuja “bolha” se vem progressivamente esvaziando nas economias mais desenvolvidas; uma contínua instabilidade política e social (igualmente minada pelas perenes ameaças terroristas); e uma séria ameaça de abrandamento do conjunto da actividade económica.
Pior, se alguns pensavam que este fenómeno se poderia restringir aos Estados Unidos (e que apenas atestaria alguma incapacidade da Administração Bush para sustentar o crescimento económico do País), os indicadores mais recentes parecem sugerir uma célere contaminação de todas as economias mundiais e da europeia, em particular.
A drástica descida das taxas de juro pelo FED não foi obviamente um mecanismo de amortecimento da queda nas bolsas, procurando antes esbater as ameaças depressivas que começam a pairar sobre a economia norte-americana.
Na Europa, à medida que se assiste à derrapagem acentuada dos indicadores de confiança de consumidores e empresas, o BCE poderá não aguentar por muito mais tempo a sua política de submissão estrita da política monetária ao controlo da inflação, até porque, neste momento, as taxas de juro americanas são já mais baixas que os referenciais europeus.
Ao nível governativo, os responsáveis da União tentaram passar uma mensagem de tranquilidade e confiança no futuro, mas ninguém parece acreditar em tais discursos de circunstância.
Para muitos, é tempo de recorrer a outros mecanismos de impulso da actividade económica, como sejam a baixa de impostos, o que volta a colocar sob pressão os resultados atingidos ao nível do controlo dos défices orçamentais.
Os tais Portugueses que referia no início é que poderão nem querer acreditar no que lhes está a acontecer. Seguramente, Portugal não escapará às ondas de choque provocadas por este turbilhão internacional, bem longe das quatro paredes do seu (agora) internacional mercado de capitais.
Sem que se vislumbrem sinais claros da prometida retoma, parece avizinhar-se novo período cinzento da nossa história económica.
É quase como se a montanha russa parasse, antes mesmo de começar a subir…

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O cluster das Nanotecnologias do Minho


Há quase meio século, o físico norte-americano Richard Feynman questionava no final de uma Palestra perante os seus pares da Sociedade Americana de Física: “-E se no futuro distante pudermos arranjar os átomos, um por um, da maneira que quisermos?”
A palestra tinha como tema “Há muito espaço lá no fundo” e lançava o debate em torno da manipulação molecular que, ao longo dos últimos 20 anos, tem sido um dos campos de vanguarda do progresso científico à escala mundial.
De facto, três décadas depois das polémicas dúvidas de Feynman, surgiu a nanotecnologia, a ciência que se debruça sobre um objecto de estudo cujas dimensões costumam ser medidas em nanómetros, um valor um milhão de vezes menor que um milímetro.
Com a especial contribuição dos físicos Gerd Binnig e Heinrich Rohrer que criaram o microscópio de efeito túnel (que permite “visualizar” os átomos), as nanotecnologias têm múltiplas aplicações nos mais diversos ramos do saber, com diversos resultados concretos em várias esferas da actividade industrial, da electrónica, à cosmética, à indústria têxtil e do vestuário, à construção civil, entre muitas outras.
O potencial de desenvolvimento destas ciências e, nomeadamente, as suas eventuais aplicações práticas têm ainda uma margem de evolução incomensurável, em áreas como a medicina, a computação, a aviação ou a protecção do meio ambiente, só para referir algumas das que têm sido mais referenciadas.
Daí que, ainda hoje, pareça irreal o mundo nanotecnológico perspectivado por Eric Drexler, em que qualquer aparelho ou substância poderia/poderá ser construído molécula por molécula.
Reconhecidamente, a utilização das nanotecnologias poderá comportar enormes benefícios para todas as áreas da sociedade, potenciando a criação de produtos mais duráveis, mais seguros, mais amigos do ambiente, mais económicos e mais ajustados a diferentes necessidades de consumidores e instituições, na indústria como nos serviços, em cada um dos aspectos da vida diária dos cidadãos.
Por todos estes motivos, a aposta nas nanotecnologias pode assumir-se como um factor de sustentação de um modelo de desenvolvimento económico a que se abrem francas perspectivas no horizonte do médio e longo prazo.
Em Braga, por estes dias, ainda se digerem os últimos ecos da XXIII Cimeira Ibérica e o marco incontestável em que se traduziu o lançamento da primeira pedra do futuro Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (LIN).
Tendo sido uma decisão dos Governos dos dois países Ibéricos na Cimeira de Évora de 2005, o LIN quer afirmar-se como um espaço de investigação de excelência à escala internacional, cumprindo o desígnio europeu do investimento na Investigação e Desenvolvimento nas áreas de ponta e na captação e fixação de recursos altamente qualificados.
De forma mais abrangente, cumpre realçar que o LIN não é um acto isolado no esforço de cooperação dos dois países neste domínio e muito menos é um equipamento colocado nesta região por mera conveniência política.
Na primeira vertente, note-se a abertura de concursos para projectos envolvendo equipas de investigação dos dois países nas áreas da nanomedicina e da aplicação das nanotecnologias ao controlo ambiental e à segurança e qualidade alimentar; a celebração de um acordo para formação avançada em nanomedicina (com a criação de um programa de doutoramento conjunto entre três Universidades do Norte de Portugal e as três Universidades da Galiza); e o lançamento de concursos para a atribuição de bolsas de doutoramentos em laboratórios ibéricos e para o recrutamento pós-doutoral em laboratórios internacionais de excelência.
Na segunda vertente, recorde-se que o AVEPARK de Guimarães irá contar a breve trecho com dois novos Laboratórios desta área: o I3N (Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofrabricação) e o INN (Instituto de Nanotecnologias), que se constituirão como nós nucleares da futura rede nacional de nanotecnologias, em estreito contacto com pólos universitários e de investigação de Guimarães, Braga, Lisboa e Aveiro; e com a instalação de incubadoras de empresas deste sector.
Por sua vez, em Famalicão, foi criado o CeNTI - Centro de Nanotecnologias e Materiais Técnicos Funcionais e Inteligentes, numa parceria entre o CITEVE, Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade de Aveiro e CTIC.
Só nestas quatro entidades estamos a falar de algumas centenas de investigadores e mais de um milhar de quadros técnicos, em diferentes ramos da engenharia e em diversas áreas das ciências.
Como tronco comum da afirmação deste cluster regional, o extraordinário trabalho desenvolvido pela Universidade do Minho, seus académicos e investigadores de há vários anos a esta parte, que em boa hora os Governos Ibéricos souberam reconhecer e premiar.
Um mérito que não deve “adormecer” os seus responsáveis e que deve funcionar como estímulo para todos os agentes de desenvolvimento locais saberem aproveitar a enorme oportunidade que foi conferida a este território.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Tiro à OTA


No decurso da passada semana, o Primeiro-Ministro José Sócrates concretizou mais duas inversões de opinião e decisão sobre matérias de relevo da vida política nacional, avançando com a Rectificação do novo Tratado da Europa no Parlamento e alterando a localização do futuro Aeroporto de Lisboa para o Campo de Tiro de Alcochete.
Se, na sua essência prática, ambas as decisões são positivas, os contornos desta inversão da posição de José Sócrates deve suscitar reflexões distintas aos observadores e à generalidade dos cidadãos.
No primeiro caso, tratou-se de uma avaliação estritamente política, aparentemente pouco pacífica no próprio Partido Socialista, dos méritos de uma iniciativa que traduzindo um compromisso eleitoral do PS apenas redundaria num mero simulacro de democracia, lançando para o debate público um tema manifestamente estranho para a esmagadora maioria dos Portugueses.
Caso avançasse o Referendo, as motivações para a assunção de diferentes posições pelos eleitores dificilmente contenderiam com a matéria em apreço, tendo prevalecido os compromissos assumidos com os nossos parceiros europeus na antecâmara da assinatura do Tratado de Lisboa.
Já no que se refere ao novo Aeroporto, recorde-se que a decisão de localização desta infra-estrutura na OTA vem já do tempo dos Governos de António Guterres e foi dada inúmeras vezes como inamovível por parte dos actuais responsáveis governativos, do Primeiro-Ministro ao Ministro das Obras Públicas, Mário Lino.
Neste período, terão sido feitos diversos estudos, em que se investiram algumas dezenas de milhões de Euros, que mais uma vez asseguravam ser a opção da OTA perfeitamente sustentada e a melhor alternativa para a localização do novo aeroporto.
Ao longo dos últimos anos, todavia, muitos contestaram tal opção invocando razões de localização estratégica (desde logo, a maior concorrência que seria feita ao Aeroporto Sá Carneiro), de engenharia (face à natureza do terreno), de segurança e operacionalidade e até de transparência (atendendo a pretensos movimentos imobiliários que estariam na base de tal obsessão).
Até há pouco mais de um ano, porém, poucos avançaram com um estudo verdadeiramente fundamentado de alternativas, como o fizeram a CIP – Confederação da Indústria Portuguesa, primeiro, e a Associação Comercial do Porto, depois, ambas convergindo na ideia de que a opção OTA seria um erro crasso que iria desperdiçar um largo volume de recursos do nosso estrangulado Orçamento.
Mesmo confrontado com tais conclusões, o Ministro das Obras Públicas assumiu de forma disparatada a sua obstinação com diversas declarações já hoje profusamente difundidas e satirizadas, do “Margem Sul, jamais!”, ao desabafo de que aquilo “é um deserto, onde não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas”, o que seria “um projecto megalómano e faraónico”.
A verdade é que o Governo decidiu solicitar novo estudo ao LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que veio novamente a concluir pela maior segurança, economia e operacionalidade da opção Alcochete face à OTA, sem que sejam visíveis significativos danos ambientais.
No estudo do LNEC, Alcochete bate a OTA por 4-3, apresentando melhores argumentos nos seguintes critérios: na Segurança, eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo; na Competitividade e desenvolvimento económico e social; na Sustentabilidade dos recursos naturais e riscos; e na Avaliação financeira (com uma poupança de aproximadamente 200 milhões de Euros), com especial ênfase para os dois primeiros.
Em contrapartida, a OTA salvaguarda melhor a Conservação da natureza e biodiversidade; a articulação com os Sistemas de transportes terrestres e acessibilidades e o Ordenamento do território.
Em relação a estas duas últimas vertentes, a Resolução do Conselho de Ministros da passada semana não só homologa o relatório do LNEC, aprovando preliminarmente a localização do referido aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete, mas também mandata o Ministro das Obras Públicas para promover a elaboração de “todos os demais estudos, consultas institucionais e actos que se afigurem necessários à implementação do projecto”, designadamente no que se refere à adequada inserção de uma Terceira Travessia do Tejo (Chelas-Barreiro) nos sistemas viários do Barreiro e de Lisboa, com vista a assegurar a maior eficiência do seu funcionamento e a maior fluidez do tráfego rodoviário.
Ao contrário do que seria desejável, um investimento desta dimensão será finalmente concretizado mas sem que se assegure um amplo consenso nacional.
É, porém de realçar a intervenção atenta do Presidente da República, a dinâmica cívica das Associações Empresariais e, até, a humildade tardia do Governo em aceitar a solução tecnicamente mais vantajosa. Que sirva de exemplo!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O efeito Cadilhe


O Millennium BCP, a maior instituição financeira privada portuguesa, viveu em 2007 o seu annus horribilis, tal foi a sucessão de factos e ocorrências que perturbaram o normal funcionamento do Grupo.
No cômputo geral, o BCP sofreu uma pesada desvalorização do seu valor face às cotações atingidas em Bolsa nos meses de Junho e Julho, mudou duas vezes de Administração (com a segunda transição ainda em curso) e viu o seu nome na lama mediática pelos piores motivos.
Afinal, quem suporia há apenas um ano que o Banco acabaria 2007 com vários dos seus Administradores anteriores em risco de serem inibidos pelo Banco de Portugal, que sofreria denúncias de favorecimentos a clientes e familiares de Administradores e que seria acusado de alegadamente promover falsificações contabilísticas e outras práticas ilegais.
No meio de tudo isto, chamuscou-se Paulo Teixeira Pinto, que herdara a mais difícil das sucessões vai para dois anos, queimou-se Filipe Pinhal, que se assumia como o delfim desejado da anterior Administração, e foi literalmente incinerado Jardim Gonçalves, o principal pai e mentor do projecto, uma figura de referência no tecido financeiro e empresarial nacional das últimas três décadas.
Quem quer que assistisse aos tristes episódios do Verão Quente do Millennium e temesse pela estabilidade da gestão da instituição, jamais poderia supor que o inferno chegaria mesmo no período de Inverno, com uma sucessão de episódios alucinantes, em que praticamente ninguém ficou bem na fotografia.
O caso do BCP serve, aliás, para colocar sérias dúvidas quanto à capacidade reguladora de várias entidades, cuja iniciativa fiscalizadora parece ter chegado a reboque dos factos divulgados na comunicação social, após a total passividade que exibiram durante a ocorrência dos actos agora tidos por condenáveis.
Perante este cumular de situações, compreende-se que os accionistas do Banco, como os seus colaboradores e clientes ou como a generalidade dos agentes económicos e da opinião pública nacionais, clamassem por uma solução que garantisse a estabilidade da gestão e devolvesse o Banco ao rumo do crescimento que sempre traçou e que tanto contribuiu para o fortalecimento e afirmação internacional da economia portuguesa.
Neste contexto, qualquer dos públicos citados não se mostraria especialmente incomodado pelas estranhas condicionantes que envolveram o processo de apresentação da primeira lista concorrente ao Conselho de Administração Executivo do Banco, liderada pelo ex-Presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira.
Nem com a aparente falta de transparência (para não se invocar questões éticas) de uma tal transferência de recursos de topo da administração de um banco público para o seu maior concorrente na esfera privada, nem pela intervenção descabida do Governador do Banco de Portugal, nem pela ingerência tácita do Governo nos destinos de uma instituição privada, nem com o protagonismo ou a agenda particular de certos accionistas de referência.
Naquela conjuntura, o aparecimento de uma lista que era subscrita por um leque de accionistas que agrupava uma percentagem próxima dos 40% do capital do banco, que recebia o beneplácito de Constâncio e Teixeira dos Santos e que reunia profissionais de valia incontestável como Paulo Macedo ou José João Guilherme, trazendo o lastro de sucesso da equipa de Santos Ferreira na Caixa Geral de Depósitos, era naturalmente bem recebido.
Todavia, há momentos na vida das instituições em que não se pode tomar tudo como normal ou tolerável e em que cumpre a cada um dar o que estiver ao seu alcance para mudar o status quo.
No Millennium BCP, Miguel Cadilhe tem, quer e pode dar muito ao futuro desta instituição, sendo pois de saudar a iniciativa que tomou de avançar com a sua lista para o Conselho de Administração Executivo do Banco.
Como se pode ler no site que criou para este efeito (http://listacadilhe.paginas.sapo.pt/), a sua equipa conjuga “independência e valor”, visando preservar a independência do Banco e trazer valor para o Banco e os seus accionistas”.
Há quem veja agora nas duas listas em confronto uma guerra estritamente partidária. Há quem ache que apenas traduzem a disputa entre poderes paralelos da sociedade portuguesa.
Qualquer que seja o caso, é quase inédita uma situação em que duas listas disputem de forma aberta a liderança de uma sociedade com a dimensão do Millennium BCP.
À margem do ponto de partida de cada uma delas e dos apoios inicialmente associados aos seus subscritores, das intenções aparentemente declaradas de alteração de posição de certos accionistas importantes ou das fracturas que poderão decorrer de outras propostas que vão ser também sufragadas na Assembleia Geral de dia 15 de Janeiro, há um factor que assume uma importância decisiva neste tipo de processos.
Santos Ferreira e a sua equipa surgiram como solução de “aparente consenso” para resolver o problema do BCP, disponibilizando-se a cumprir esse papel. Miguel Cadilhe e os seus eleitos querem a Presidência do BCP e partiram para a contenda conscientes do desafio que tinham pela frente.
Querer é poder? Os accionistas do BCP decidem.